A acidez dos inúmeros comentários
que tenho lido na internet me incomoda.
O universo evangélico tem sido fortemente
bombardeado por críticas, acusações e cutucadas. Infelizmente, muitos deles são
genuínos e realistas diante das aberrações e bizarrices que presenciamos no dia
a dia de nossas instituições religiosas. Algumas práticas trazidas para dentro
de nossas igrejas têm dado margem a estes comentários.
O que me incomoda não são os
comentários. Afinal, todos nós temos direito à liberdade de expressão; de
emitir opinião e de criticar o que julgamos que pode melhorar ou mudar.
O que me incomoda é a acidez que
esconde a guerra que estamos travando na web por questão de partidarismo.
O apóstolo Paulo criticou a
igreja de Corinto, porque este mesmo espírito estava presente entre os irmãos.
Havia um grupo que dizia “Eu sou de Paulo!”. Outro grupo proclamava: “Eu sou de
Apolo!”. Outros mais declaravam: “Eu sou de Cefas!”. E a questão toda era: E quem era de Cristo? Aqueles irmãos
tomaram partido dos servos e não do Senhor. Eles veneravam o homem que semeava
e aquele que regava, mas não a Deus que dava o crescimento.
O que vemos hoje não tem sido
muito diferente: Alguns estão dizendo: “Eu sou de Silas Malafaia!”; outros
mais: “Eu sou de Caio Fábio!”; Outros tantos: “Eu sou de Edir Macedo!”; e
ainda: “Eu sou de Valdemiro Santiago, R.R. Soares, Marco Feliciano...”.
As farpas trocadas nos
comentários visam cada um defender seu líder em detrimento do outro. São
acusações atrás de acusações. Apelidos maldosos são dedicados àqueles que são
alvo de sua raiva e dos quais eles discordam. É raro vermos comentários
inteligentes, sensatos e visando a edificação do corpo e não o seu
esquartejamento.
Nossas manifestações não podem
ser desprovidas de bom senso, maturidade espiritual e espírito de amor. A
Palavra de Deus nos diz que nossa principal luta é espiritual e não apenas
humana. E a nossa luta como corpo de Cristo é lutarmos juntos pela fé evangélica. Nossa luta é proclamar o Evangelho.
Proclamar o Evangelho com a vida através do testemunho cristão diário. E as
armas do cristão são a oração, a crítica construtiva baseada na sabedoria, uma
vida santa e uma mente que pensa biblicamente. Um crítico insensato que atira
pra todos os lados pode atingir pessoas inocentes.
Todos têm a liberdade de se
identificar com determinado líder, de crer nos seus ensinamentos, de aprovar
suas práticas e atitudes e de tê-lo como modelo de vida e espiritualidade. Afinal,
a Bíblia nos ensina a sermos imitadores de quem é imitador de Cristo. Mas precisamos lembrar, sempre, que antes de
tudo, não somos de Paulo, nem de Apolo, nem de Silas, nem de Caio ou de Feliciano:
somos de Cristo!
Seja feliz com Jesus!
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